LASANHA ULTRA LIGHT DE BERINJELA COM BOLONHESA

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Confira a receita de uma lasanha extremamente saborosa, nutritiva, e light!
Afinal, light não precisa significar: Deixar menos gostoso; certo?

Esta receita eu confesso que fiz a contragosto la de casa.
Lá ninguém é muito fã de berinjela, e confesso que minhas últimas tentativas mais ousadas com ela, se tornaram um total desastre, como uma lasanha de berinjela com peixe. Ficou horrível.

Mas... É fazendo merda essas coisas que adubamos a vida então o jeito foi erguer a cabeça e não culpar a unica inocente da história: A coitada da berinjela.

Insisto tanto nela, mesmo sem gostar muito, porque sei que é uma grande aliada na luta contra o colesterol e sobrepeso, palavras de ordem lá em casa!

Inspirado por algumas receitas que vi no final de semana, e com muita vontade de lasanha, resolvi testar esta receita, pulando um passo fundamental.

Em todas as receitas que vi, as pessoas costumam grelhar, ferver, desidratar com sal por poucos minutos, ou até ferver as fatias de berinjela antes da montagem da lasanha.

Optei por pular este passo, por entender que as propriedades da berinjela poderiam se perder, e lembrando que só estou tentando inserir este prato la em casa justamente por culpa das propriedades, e não pelo sabor, então quebrei a cabeça num jeito de pular este passo.

Na verdade, ele serve pra que sua berinjela fique menos amarga, e não solte tanta água durante o preparo.

Lembra que disse que vi algumas receitas no final de semana? Pois é! As que mais me inspiraram, utilizaram um bolonhesa com uma carne de boa qualidade, cortada na ponta da faca, e não carne moída, então assim eu segui. Vamos lá!

Ingredientes:
1 Berinjela média ou grande fatiada em 1cm cada fatia
650gr Alcatra, ou outra carne magra, picada na ponta da faca (pedaços minúsculos)
1 Sachê de molho de tomate sem conservantes (utilizo o Pomarola Levia)
1 Cebola picada em cubinhos pequenos
3 Dentes de alho amassados
300gr Mussarela ralada
50gr Parmesão ralado
Sal, pimenta, azeite, e demais temperos a vontade

Modo de preparo:
Coloquei pra refogar sem óleo nem azeite (porque a ideia é fazer ultra light, lembra?) a cebola. Quando ela começou a soltar água e ficar transparente, adicionei a carne e o alho, sem sal mesmo, espalhei tudo rapidamente e deixei refogar. Aqui a dica importante é não mexer a carne pelo máximo de tempo possível sem queimar a parte de baixo. Isso faz sua carne ficar mais frita do que cozida, pois evita que ela solte água. Depois que chegar no ponto de mexer sua carne pra não queimar, ai sim, acrescente o sal e os demais temperos.
Assim que a carne estiver no ponto, acrescente o molho, mas aos poucos. É importante acrescentar o molho até o ponto da sua carne ficar toda envolta por ele, mas sem sobrar caldo! Seu molho precisa ser o mais enxuto possível!
Untei um refratário de vidro com um fio de azeite e umas 2 ou 3 colheres de molho de tomate.
Fui fazendo camadas de berinjela e molho até finalizar toda a berinjela, e por cima, uma camada de bolonhesa, queijo mussarela e o parmesão para gratinar.

Notaram que eu não acrescentei tempero na berinjela?
Foi proposital. Você irá comer junto com o bolonhesa, que já deverá estar temperado ao ponto, e com o parmesão que já é salgado além do limite, então vamos economizar no sódio também, pra poder chamar este prato de ultra light, ok?
Forno pré aquecido, temperatura média, 45 minutos, e mais 5 minutos de descanso fora do forno pra ficar perfeito!

Fica muito gostoso, e a razão pra deixarmos o molho o mais enxuto possível, é justamente porque a berinjela vai soltar um pouco de água, e não queremos uma lasanha com muita água.
Estas proporções serviram bem 2 pessoas por 2 refeições, então digamos que é suficiente pra uma refeição para até 4 pessoas.

Fica a dica:
Pra deixa-la ainda mais light, você pode substituir a mussarela por requeijão light 0 gordura. Mas não se deixe levar e jamais coloque o requeijão entre as camadas, para não aumentar a água da lasanha. A carne não tem quase nada de gordura, assim como os demais ingredientes, e o sal foi pensado extremamente na medida mínima, então capriche nos demais temperos, como pimenta, manjericão, e/ou quaisquer outras ervas que queira acrescentar pra tornar seu prato mais saboroso. O resultado do jeitinho que eu passei já é muito gostoso, mas sempre existem muitas alternativas pra deixa-lo ainda melhor. ;)

SEGREDO REVELADO - MOLHO BOLONHESA PERFEITO


Alguns irão dizer:
"Ahh.. É a escolha da carne...";
"Ahh.. É preciso utilizar o tomate inteiro, e fazer um molho caseiro";
"Bla bla bla... ";

Bom... Óbviamente, a relação Melhor Carne x Melhor Molho, é verdadeira. E quando dizemos melhor carne, não seria exatamente a mais cara, como um filé mignon, que ficaria um tanto quanto "sem gosto", mas uma carne de aproximadamente 20 a 30% de gordura, e saborosa, como uma fraldinha, ou uma paleta.

Mas ai você pode pensar: "Puts.. Mas e minha dieta? E aquela carne que você indicou, não parecia muito apetitosa antes de moer (peça)..."
Concordo com os argumentos. Realmente não são muito bonitas, pois são muito ricas em gordura.
O corretoooo mesmo, seria adquirir uma peça, e separar grande parte da gordura, para descarte, e utilizar a proporção de 20 a 30% de gordura e o restante de carne mesmo. Lógico que nenhum açougueiro fará isso facilmente pra você, e mesmo que fizer, não se engane, pois a gordura descartada também será cobrada.
Mesmo assim, se você ainda considera uma taxa alta de gordura, e eu também concordo, você ainda pode optar pelo PATINHO bovino, que também é uma peça muito boa de carne, e extremamente light de gordura.

Mas o segredo ainda não seria este. É óbvio demais que uma boa carne, resulta num molho melhor. Mas não perfeito.

O tomate então? Utilizar tomates frescos?
Não. Longe disso.

A menos que você plante tomates em casa, ou seja um morador de alguma área privilegiada, tipo uma Itália, ou algum outro lugar modesto deste tipo, que produza tomates extremamente maduros e no ponto, não estes colhidos antecipadamente e madurados a força, como os que temos aqui, onde resulta em tomates extremamente ácidos e sem sabor, não utilize tomates frescos.

Ok, molhos prontos não são lá tão saudáveis. Opa!!!!
Não eram!!!

Hoje em dia encontramos com facilidade, molhos prontos, com 0% de conservantes, e extremamente naturais, com apenas tomate, sal, e açúcar em sua composição.
Estes com certeza deverão ser os utilizados. São tomates trangênicos de sementes selecionadas, para dar o melhor fruto no menor tempo possível, e com a melhor qualidade,

Mas o segredo tambééém não seria este.

Então... finalmente.. o segredo seria...

O TEMPERO!!!

Por muitos anos, e por muitas preguiças, costumamos chegar com a carne moída, refogá-la com temperos básicos como cebola picadinha, alho, e as vezes nem isso.
Acrescentamos o molho, as vezes um extrato pra dar aquela engrossada, calibramos o sal, e de vez em quandoooo uma ervinha fresca como um manjericão, pra finalizar.

Mas o tempero é todo o responsável pelo molho perfeito. Aquele das tradicionais tratorias italianas!!!

E com muita pesquisa, descobri que o molho perfeito não tem uma receita exata.

"E neste momento, imagino um linchamento mental, por toda a enrolação, e então dizer que não existe uma receita exata."

É a mais pura verdade. O segredo é caprichar nos temperos, mas utilizar sempre 2 direções indispensáveis.
Número 1 - Utilizar os temperos obrigatórios (descreverei logo abaixo)
Número 2 - Utilizar as ervas e temperos frescos da época, e aqueles que você tiver a sua disposição.

Os indispensáveis, são os já conhecidos alho e cebola, para refogar a carne.
Massss... Refogar a carne com alho, cebola E "cheiro verde" (salsinha e cebolinha) fica ainda melhor!

Já ao acrescentar o molho (pronto - de supermercado mesmo), acrescente quantidades pequenas de molho de soja (shoyo), molho inglês (quantidade inferior ao molho de soja), e uma quantidade igual ao shoyo, de molho teriyaki.

É quase científico, mas vamos lá explicar...
O shoyo trará ao molho, o sódio (sal) que seu molho precisa, sem precisar adicionar o SAL propriamente, além de acrescentar um sabor extra que só ele tem. O molho inglês para acertar a acides que o molho geralmente já possui em algum grau, dependendo da marca, e o teriyaki, geralmente de sabor levemente adocicado, justamente para equilibrar esta acides em nosso paladar, e ficar perfeitamente harmonioso.

Já sobre as ervas, utilize as demais, de preferência sempre frescas, após o molho terminar seu cozimento.
Finalize o cozimento do molho, acrescente as ervas já com o fogo desligado, e tampe a panela por cerva de 5 a 10 minutinhos.
Isso fará com que suas ervas não sumam, fiquem com cores ainda bem vivas, e transfiram ao prato todo seu aroma.

Se ficar na dúvida das quantidades, acrescente tudo aos pouquinhos, e vá sentindo como seu molho vai ficando ainda melhor, sem exagerar neste ou naquele ingrediente. Mas não tem quantidade exata. Tudo vai depender muito da qualidade do molho pronto escolhido, carne, entre outros fatores.
Sobre as ervas, dê preferência para manjericão, manjerona, salsinha, cebolinha, orégano, entre outras.

Fica a dica:
Quando você fizer um molho assim tão caprichado, tome muito cuidado com o queijo escolhido, se for servi-lo junto ao prato. Queijos se sabor forte, e salgados como o parmezão, poderão mascarar todo o seu carinho com o molho, deixando-o comum, trivial, e em segundo plano em seu paladar. Neste caso, se for servir algum tipo de queijo para acompanhar o prato, prefira a mussarela, queijos brancos, ou até mesmo um emental em pequena quantidade. ;)
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